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Kafka e o conto da boneca viajante

  • Marcia Telles
  • 20 de ago. de 2017
  • 1 min de leitura

Para onde vai o amor que se perde?


Certa vez Kafka encontrou uma menininha no parque onde ele caminhava diariamente. Ela estava chorando. Tinha perdido sua boneca e estava desolada.


Kafka ofereceu ajuda para procurar pela boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar. Incapaz de encontrar a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram.

“Por favor, não se lamente por mim, parti numa viagem para ver o mundo. Escreveu para você das minhas aventuras”.


Esse foi o início de muitas cartas. Quando ele e a garotinha se encontravam ele lia essas cartas compostas cuidadosamente com as aventuras imaginadas da amada boneca. A garotinha se confortava.


Quando os encontros chegaram ao fim, Kafka presenteou a menina com uma boneca. Ela era obviamente diferente da boneca original. Uma carta anexa explicava: “minhas viagens me transformaram…”.


Muitos anos depois, a garota agora crescida encontrou uma carta enfiada numa abertura escondida da querida boneca substituta. Dizia: “Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.



OBS: Essa história deve ter servido de inspiração para a sequência do filme “O fabuloso destino de Amélie Poulain”, em que a protagonista, Amélie Poulain, pega uma estátua de anão de seu pai e faz ela viajar o mundo e enviar cartões postais para ele, que se sente atraído pelas aventuras da estátua.

















Fonte: “Kafka and the Doll: The Pervasiveness of Loss” - May Benatar












 
 
 

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